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domingo, 17 de junho de 2012

Radar salvou a Grã-Bretanha em 1940

  O radar foi a conquista tecnológica que talvez mais tenha influído na vitória dos países aliados contra a Alemanha. Na maior parte dos casos, a diferença qualitativa entre armamentos e equipamentos dos Aliados e do Eixo não era muito importante. Mas os radares ingleses e norte-americanos durante todo o conflito foram superiores aos seus congêneres alemães e japoneses. Duas das mais importantes batalhas da guerra fora fortemente influenciados pelo radar: a da Inglaterra e a do Atlântico.

  O radar é uma maneira de detectar um objeto distante através da emissão de ondas de rádio que, ao atingir um alvo, voltam ao aparelho. Sem o radar, o assalto aéreo maciço que os alemães montaram em 1940 como uma preliminar de um desembarque na Grã-Bretanha.

  Graças a uma rede de estações de radar, os ingleses podiam detectar os bombardeiros alemães bem antes de chegarem aos alvos. Com isso, a Real Força Aérea Britânica pôde dirigir seus parcos recursos de caça aos setores essenciais. Dois dos mais importantes princípios da guerra - surpresa e concentração de forças -  penderam para o lado britânico durante a batalha graças ao radar.

  Na batalha do Atlântico o radar foi vital para detectar submarinos alemães atacando à noite. Ao contrário do que se poderia imaginar, os submarinos típicos da Segunda Guerra Mundial operavam mais em cima do que do que embaixo da água. Submersos, tinham velocidade muito menor e eram vulneráveis ao sonar. Na superfície, além de mais velozes, podiam aproveitar a escuridão da noite para atacar de surpresa. Com o radar, que "enxerga" o alvo em qualquer condição de tempo, os submarinos voltaram a ser vulneráveis.

  A arregimentação do potencial humano para estoque de pesquisa bélica foi um a constante nos principais países combatentes. Grã-Bretanha, por exemplo, foi criado um cadastro nacional de pessoas com qualificação técnicas úteis. Na Primeira Guerra, ao contrário, um engenheiro poderia ser recrutado como mero soldado

                                                                                       (Citado no jornal Folha de S.Paulo, 27/8/1989.)

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                                            Radar Britânico

A guerra na Europa

  O governo inglês, aliado ao da Polônia, declarou guerra à Alemanha. A França, aliada da Inglaterra, fez o mesmo.

  As tropas alemãs registraram muitas vitórias no começo da guerra. Seus generais tinham desenvolvido a técnica da Blitzkrieg (guerra-relâmpago), que consistia em ataque fulminantes. O exército alemão possuía tropas bem treinadas e armamentos modernos. Com esses meios, os nazistas ocuparam rapidamente a Bélgica, a Holanda, a Noruega, a Dinamarca e parte da França. Em 1940, a Itália entrou na guerra, consolidando o já existente Eixo Roma-Berlim. Algum tempo depois o Japão aliar-se-ia a esse bloco.

  Na primavera de 1940, em apenas seis semanas, os alemães haviam dominado quase toda a França, tendo o governo francês abandonado Paris e se instalado em Vichy, no sul da França.

  Com o rápido avanço das tropas alemãs por terra, os exércitos ingleses e franceses ficaram concentrados na praia de Dunquerque, no norte da França. Mas conseguiram se retirar para a Inglaterra em navios, barcos pesqueiros e até embarcações particulares que a marinha inglesa, com a ajuda dos Aliados, mobilizou para esse fim. O episódio ficou conhecido como Retirada de Dunquerque.

  No final de 1940, a Alemanha dominava quase toda a Europa. Dentre seus adversários, a Inglaterra era o país que se encontrava em melhores condições de continuar a resistência.

  Em agosto daquele mesmo ano, o governo alemão começou os ataques aéreos em massa contra a Inglaterra. A aviação inglesa, com o auxílio de radares, conseguiu resistir, causando enormes perdas à aviação alemã e levando Hitler a abandonar a ideia de invadir o território inglês.

  Derrotado na Inglaterra, Hitler voltou-se para seu grande projeto: conquistar a União Soviética. Ele acreditava que com essa conquista a Alemanha se transformaria num império invencível.

  Antes, porém, de atacar a União Soviética, Hitler colaborou com Mussolini na invasão da Grécia. Os alemães derrotaram os gregos e os iugoslavos.

  Para a guerra contra a União Soviética, o governo nazista preparou uma força com cerca de 4 milhões de homens, 3 300 tanques e 5 000 aviões.

  Julho de 1941: tanques de guerra alemães passam por aldeia soviética em chamas, incendiada pelo povo antes da evacuação, durante a invasão nazista




Diante da torre Eiffel, Hitler caminha com seu estado-maior, um dia após a capitalação da França, em 23 de junho de 1940.

sábado, 16 de junho de 2012

O início da guerra

   O plano de expansão do governo alemão envolvia uma série de etapas. Em 1938, com o apoio da maioria da população austríaca, o governo nazista anexou a Áustria. Em seguida, reivindicou a integração das minorias germânicas que habitavam os Sudetos (região montanhosa da Tchecoslováquia). Como esta não estava disposta a ceder, a guerra parecia iminente. Foi então convocada uma conferência internacional em Munique. Na Conferência de Munique, em setembro de 1938, ingleses e franceses, seguindo política de apaziguamento, cederam à vontade de Hitler, concordando com a anexação dos Sudetos.

   A Conferência de Munique prejudicou a Tchecoslováquia, criando mais tensões.

   Apesar da promessa de não fazer novas exigências caso recebesse a região dos Sudetos, Hitler ocupou o restante da Tchecoslováquia, em 1939 e, em seguida, voltou-se contra a Polônia. Passou a exigir, então, a anexação à Alemanha do território de Dantzig e da faixa territorial  que dava à Polônia saída para o mar, tal como fora fixado no Tratado de Versalhes.

   Em 20 de agosto de 1939, o governo alemão e o governo soviético assinaram um pacto de não-agressão recíproca. Esse pacto previa a anexação de territórios poloneses pela Alemanha e pela União Soviética e garantiu a Hitler a possibilidade de invadir a Polônia sem ameaça de intervenção Soviética.

   Em 1º. de setembro de 1939, a Alemanha invadiu a Polônia e a dominou após três semanas.

                                                  Invasão a Polônia


                                             Invasão a Tchecoslováquia

A ideologia do espaço vital

   O descontentamento do povo alemão após a derrota na Primeira Guerra Mundial tomou forma e vulto com a ação dos nazistas, que empreenderam um movimento para anular as imposições feitas em Versalhes.

   Hitler difundia a ideia de que a Alemanha havia sido derrotada na Primeira Guerra Mundial devido a traições internas e acusava os judeus. A conquista do poder político foi o primeiro passo para a realização de seus objetivos. O próximo passo, no plano externo, seria a tomada de novos territórios. Difundindo a ideia de "espaço vital" (Lebensraum), Hitler uniu parte significativa dos alemães ao seu redor.
 
   De acordo com a doutrina do espaço vital, as forças nazistas afirmavam que era preciso integrar as comunidades alemães dispersas na Europa (Áustria, Sudetos - região da então Tchecoslováquia - e Dantzig - enclave alemão em território polonês) e conquistar a Polônia e a Ucrânia, consideradas regiões "vitais" para o povo alemão. A Ucrânia, por exemplo, vasta e fértil região pertencente à União Soviética, produzia trigo, minérios e outras matérias-primas.

            
                    As regiões pretendidas e conquistadas por Hitler em 1939


terça-feira, 12 de junho de 2012

Segunda Guerra Mundial

      Desde o fim da Primeira Guerra Mundial, Hitler trazia na cabeça a obsessão de livrar a Alemanha da humilhação do Tratado de Versalhes. Esse tratado foi imposto pela França, Inglaterra e Estados Unidos, em 1919, após a derrota da Alemanha.
      Em setembro de 1939 a Alemanha invadia a Polônia, fazendo eclodir a Segunda Guerra Mundial.Era o começo de uma guerra, a mais destrutiva da história, que envolveu países de vários continentes e que só terminou em 1945, com a rendição incondicional da Alemanha e do Japão.
      No plano político, a principal consequência do conflito mundial foi o fim da supremacia da Europa ocidental no mundo e da Alemanha no continente europeu.
                  1 de setembro de 1939. Sob a águia nazista, Hitler anuncia, no Parlamento do Reich, o ataque contra a suposta agressora a Polônia: "Desde 5 horas e 45 minutos respondemos, agora, o fogo". Início da 2.ª Guerra