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sexta-feira, 17 de agosto de 2012

A invasão da União Soviética II


    De julho a setembro de 1941, os nazistas avançaram ainda mais. Ao atingirem Moscou, as tropas alemãs haviam tomado considerável parcela do território soviético. Ao sul, toda a Ucrânia e sua capital, Kiev, haviam sido ocupadas. Ao norte, Leningrado estava cercada.

    Mas o que Hitler mais queria era a tomada de Moscou. Por isso, ordenou que as forças militares fossem concentradas para um assalto definitivo. Um milhão de homens, 1 700 tanques e cerca de 1 000 aviões compunham os efetivos alemães.

    No entanto, a resistência da população e do exército soviético, com tanques e aviões, mostrava-se muito eficiente na defesa.

    O exército soviético também soube tirar partido do rigoroso inverno russo. Sem uniformes apropriados, dezenas de milhares de alemães morreram de frio e os equipamentos militares perdiam eficiência. Percebendo a fragilidade do inimigo diante do frio, as tropas soviéticas recuavam para regiões mais frias.

    Como Moscou resistia, Hitler decidiu tentar a conquista do sul da União Soviética, onde se situava a cidade de Stalingrado (hoje Volgogrado), centro de importante indústria e com vias de acesso fácil aos pólos produtores de petróleo.

    Quando Stalin soube do plano de Hitler, emitiu a seguinte ordem: "Exijo que tomem as medidas para defender Stalingrado (...). Stalingrado não deve render-se ao inimigo, e a parte dela que for capturada deve ser libertada".

    Stalin determinou que três exércitos com 450 tanques e mais de 2 000 canhões se dirigissem àquela cidade. Com isso, os alemães, que estavam sitiando Stalingrado, acabaram cercados pelos soviéticos. Os reforços que os nazistas solicitavam pelo rádio não conseguiam romper a barreira de aço e fogo montada pelos soviéticos. Diante da derrota iminente, os nazistas se renderam.

    A batalha de Stalingrado, umas das maiores da história, foi o início da derrota alemã.

Na imagem, trabalhadores russos de granjas coletivas transportam mantimentos para o centro de recepção do Fundo de Defesa em favor das vítimas da guerra.

 O esforço de guerra exigiu que tanto a população civil quanto os soldados das frentes de batalha colaborassem na defesa da URSS. Na imagem, patrulha do exército soviético na frente de Volkhov, Rússia.


 Ataque alemão a uma vila soviética, em 1941



 Stalingrado, 1942. Soldados soviéticos procuram posições estratégicas para atacar os alemães.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

A invasão da União Soviética I


    No dia 22 de junho de 1941, 150 divisões do exercito nazista iniciaram a invasão da União Soviética. Estava rompido o pacto de não-agressão entre os dois países, assinado em 1939 por Hitler e Stalin.

    As tropas nazistas invadiram a União Soviética organizadas em três frentes: um exército marchou em direção ao norte, para cercar Leningrado; outro, em direção ao centro com o objetivo de conquistar Moscou; e um terceiro rumou em direção ao sul, com o objetivo de apoderar-se dos campos de trigo da Ucrânia.

    Atacado de surpresa, o exército soviético não conseguiu impedir o avanço das tropas nazistas, que, em menos de um mês, já haviam percorrido 750 quilômetros em direção ao interior do país e se aproximavam cada vez mais da capital, Moscou.

    O governante soviético Josef Stalin fez um pronunciamento convocando os soviéticos à luta:

    O inimigo é cruel e implacável. Pretende tomar nossas terras regadas com o suor de nossos rostos; tomar nosso cereal, nosso petróleo, obtidos com o trabalho de nossas mãos. Pretende restaurar o domínio dos latifundiários, restaurar o czarismo (...), germanizar os povos da União Soviética e torná-los escravos de príncipes e barões alemães (...). Por isso, o povo deve abandonar toda a benevolência (...); não pode haver clemência para o inimigo (...). E (principalmente) em caso de retirada forçada (...), todo o material rodante tem que ser evacuado. Ao inimigo não se deve deixar um único motor, um único quilo de cereal ou galão de combustível (...). Todos os artigos de valor, inclusive metais, cereais, combustível, que não puderem ser retirados, devem ser destruídos. Nas áreas ocupadas pelo inimigo devem organizar-se guerrilhas, montadas e a pé; devem formar-se grupos de sabotagem para combater o inimigo.

                                                                                            (Citado em: Antonio pedro. A Segunda Guerra Mundial. São Paulo/Campinas, Atual/Unicamp, 1986, p. 26.)




Invasão alemã a URSS




Imagem de um campo de batalha na Ucrânia.

Unidade alemã utilizando cavalos, região de Kursk União Soviética.

Soldados alemães fazem buscas em aldeia russa ocupada durante a guerra

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

O socialismo para Hitler


    " 'Por que', perguntei a Hitler, 'o senhor se diz um nacional-socialista, já que o programa do seu partido é a própria antítese do que geralmente se acredita ser o socialismo?'
   
    'O socialismo', replicou ele agressivo, deixando de lado a xícara de chá, 'é a ciência de lidar com o bem estar geral. O comunismo não é o socialismo. O marxismo não é o socialismo. Os marxistas roubaram o termo e confundiram seu significado. Vou tirar o socialismo dos socialistas. O socialismo é uma antiga instituição ariana e alemã. Nossos ancestrais alemães tinham algumas terras em comum. Cultivavam a idéia do bem-estar geral. O marxismo não tem direito de se disfarçar de socialismo. O socialismo, diferentemente do marxismo, não repudia a propriedade privada. Diferentemente do marxismo, ele não envolve a negação da personalidade e é patriótica. [...] Não somos internacionalistas. Nosso socialismo é nacional. Exigimos o atendimento das justas reivindicações das classes produtivas pelo Estado com base na solidariedade racial. Para nós, o Estado e a raça são um só.' "

                                                     (Entrevista concedida a George Sylvester Viereck, em julho de 1932. In: ALTMAN, Fábio (org). A Arte da entrevista; uma antologia de 1823 aos Nossos Dias. São Paulo: Scritta, 1995. p. 114-115.)



A guerra no mundo

         
    Em 1941, a guerra européia se transformou em guerra mundial: a invasão da União Soviética pela Alemanha e o ataque japonês, em dezembro, à base norte-americana de Pearl Harbor, no Havaí, envolveram outros países no conflito.
   
    A agressão japonesa a Pearl Harbor levou os Estados Unidos a entrarem efetivamente na guerra. Até então, os país colaborava indiretamente com os aliados.

    Após esse ataque, o Japão realizou diversas conquistas: na China e na Indochina, nas Filipinas e na Indonésia, passando a ameaçar, inclusive, a Austrália. As conquistas japonesas indicavam o desejo de se tornar o Pacífico um oceano japonês.

    A Alemanha, aliada do Japão, declarou guerra aos Estados Unidos. Naquele momento, porém, o objetivo mais importante para Hitler era a conquista do leste da Europa, região importante para a expansão alemã. A guerra contra a União Soviética era representada como uma luta contra o comunismo. Hitler declarou que as cidades de Moscou e Leningrado, juntamente com sua população, deveriam se destruídas; dessa forma, segundo o ditador, nao haveria necessidade de alimentá-las.

    As instruções às tropas alemãs que chegavam ao terrtório soviético eram as seguintes: "Utilizar meios ilimitados, quaisquer que sejam eles, inclusive contra mulheres e crianças. Nenhum alemão que participe das operações deve ter responsabilidade pelos atos de violência nem ser submetido a nenhuma medida disciplinar".

                          (Antonio Pedro. A Segunda Guerra Mundial. São Paulo/Campinas, Atual/Unicamp, 1986, p.26.)

                                                 Ataque a Pearl Harbor


    O ataque a Pearl Harbor foi uma operação aeronaval de ataque à base norte-americana de Pearl Harbor, efetuada pela Marinha Imperial Japonesa na manhã de 7 de dezembro de 1941

    O ataque em Pearl Harbor, na ilha de Oahu, Havaí, foi executado de surpresa contra a frota do Pacífico da Marinha dos Estados Unidos da América e as suas forças de defesa, o corpo aéreo do
 Exército estado-unidense e a força aérea da Marinha.

    O ataque danificou ou destruiu 11 navios e 188 aviões e matou 2403 militares estado-unidenses e 68 civis. Contudo, os três porta-aviões da frota do Pacífico não se encontravam no porto, pelo que não foram danificados, tal como os depósitos de combustível e outras instalações. Utilizando estes recursos a Marinha foi capaz de, em seis meses a um ano, reconstruir a frota.

    O ataque marcou a entrada dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial e o início da Guerra do Pacífico.


                            Perdas das Forças Armadas dos EUA

Os relatórios oficiais norte estadounidenses enumeram os seguintes danos sofridos:[7]
  • O encouraçado Arizona explodiu, levando mais de 1000 vidas
  • O encouraçado Oklahoma emborcou, deixando apenas pequena parte do casco acima da linha de água
  • O encouraçado California afundou, ficando parte das suas bateriais principais acima da linha de água
  • O encouraçado Nevada encalhou, sofrendo danos severos
  • O encouraçado West Virginia afundou
  • O encouraçado Maryland sofreu danos moderados, sem necessidade de reparos em doca seca
  • O encouraçado Tennessee sofreu danos moderados, exceto na ponte de comando, onde os danos foram severos
  • O encouraçado Pennsylvania, atingido nas docas secas, sofreu danos sérios, porém não de natureza vital
  • O encouraçado Utah, usado como navio alvo, emborcou
  • Os cruzadores Leves Releigh, Helena e Honolulu foram danificados moderadamente
  • Os contratorpedeiros Cassin, Downess e Shaw foram seriamente danificados
  • O navio de reparos Vestal foi intencionalmente encalhado para prevenir afundamento
  • O porta-hidroaviões Curtiss foi severamente danificado por choque com um avião e por uma bomba de 500 kg
  • O lança-minas Oglala emborcou.
O exército e a marinha dos EUA tiveram 188 aviões destruídos e 159 severamente danificados. Morreram 2403 americanos, e outros 1178 foram feridos.
Os aviadores japoneses concentrara-se nos navios de superfície, poupando outros alvos de grande interesse. Nenhum dos nove submarinos que estavam fora dos bunkers foi alvejado. As oficinas de reparo não foram atingidas, permitindo que a recuperação de diversos navios danificados iniciasse imediatamente. O parque de tanques de combustível tampouco sofreu danos relevantes. Se fosse destruído, tornaria a base inoperante por um longo período.
                                                                                                                      
                                                                                                        
    O USS Arizona em chamas após ser bombardeado pelos japoneses.


O USS California afundando.

A posição dos navios de guerra estado-unidenses apresentava uma atrativa concentração de alvos.